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ECONOMIA


Ministério da Fazenda reduz previsão de crescimento do PIB para 2,2% e revisa inflação para 4,6% em 2025
Projeção do Governo para PIB e Inflação em 2025
Ministério da Fazenda reduz previsão de crescimento do PIB para 2,2% e revisa inflação para 4,6% em 2025
Introdução:
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou uma nova estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2025: o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,2%, abaixo da previsão anterior de 2,3%. Ao mesmo tempo, a inflação medida pelo IPCA foi revisada para baixo, passando de 4,8% para 4,6%, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado em 13 de novembro. Essas revisões refletem um cenário marcado por juros elevados, efeitos retardados da política monetária e uma valorização do real. Agência Brasil+2ISTOÉ Independente+2
Desenvolvimento:
Motivos da revisão para baixo do PIB
A SPE atribui a redução da projeção à desaceleração observada na economia no terceiro trimestre e aos efeitos “defasados” de uma política monetária restritiva, com juros mais altos pressionando o consumo e o investimento. Agência Brasil
Além disso, o real mais forte e a menor inflação no atacado (agropecuário e industrial) contribuem para essa nova expectativa mais moderada. Agência Brasil+1
Revisão da inflação
A nova projeção para o IPCA em 2025 é de 4,6%, abaixo do cálculo anterior de 4,8%, mas ainda levemente acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5% segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN). Agência Brasil
A previsão para 2026 também foi ajustada: a SPE estima IPCA de 3,5% para esse ano, e projeta convergência para cerca de 3,2% até meados de 2027. Agência Brasil
Fatores externos e internos
A SPE destaca que a valorização do real frente a outras moedas tem impacto relevante nas projeções de preço. Agência Brasil
Outro ponto considerado é o excesso de oferta de bens no mercado global, o que pressiona os preços para baixo. Agência Brasil
No mercado doméstico, a previsão de bandeira amarela nas tarifas de energia para dezembro ajuda a explicar parte da queda esperada nos índices de preços. Agência Brasil
Projeções para outros índices
A estimativa para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) caiu de 4,7% para 4,5%. Agência Brasil
Já o IGP-DI, índice que mede a variação de preços de atacado, recuo para 1,4% em 2025, segundo a SPE. Agência Brasil
Impactos para a economia brasileira
Um PIB mais fraco pode sinalizar menor dinamismo para consumo e investimento, o que pode frear a retomada de alguns setores.
Por outro lado, a inflação mais controlada pode dar margem para ajustes da política monetária no futuro, desde que outros fatores permitam (como câmbio e demanda).
A valorização do real é positiva para importações, mas pode afetar negativamente exportadores brasileiros, especialmente em setores sensíveis a preços externos.
Conclusão / Fechamento:
A revisão das projeções feitas pela Fazenda mostra uma cautela maior frente ao cenário global e doméstico. Embora haja sinais de melhora inflacionária, o crescimento econômico mais moderado reflete os desafios de manter o dinamismo com um ambiente de juros elevados. O mercado e o governo agora ficarão de olho nas próximas decisões de política monetária e nas condições externas, que podem influenciar fortemente os rumos da economia brasileira.
Desempenho da Economia no 3º Trimestre Segundo a FGV
Título: FGV estima crescimento tímido de 0,1% para a economia brasileira no 3º trimestre de 2025
Lead / Introdução:
De acordo com o Monitor do PIB, estudo mensal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a economia do Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o segundo trimestre. No acumulado de 12 meses, o crescimento é mais substancial: 2,5%. Agência Brasil
Desenvolvimento / Corpo do texto:
Comportamento intertrimeste
A variação trimestral de 0,1% foi dessazonalizada para permitir comparações mais precisas entre períodos diferentes. Agência Brasil
Entre agosto e setembro, a economia praticamente não variou, indicando estagnação momentânea. Agência Brasil
Crescimento anual
No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB da economia brasileira registra alta de 2,5%. Agência Brasil
Isso mostra que, apesar do crescimento fraco no trimestre, há um ritmo de expansão mais relevante quando considerado um período mais amplo.
Componentes do PIB pressionando
Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, os principais motores da economia — consumo das famílias e setor de serviços — apresentaram pouca força no trimestre. Agência Brasil
O consumo das famílias, que vinha crescendo de forma mais acelerada nos anos anteriores, desacelerou, registrando apenas 0,2% de alta em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Agência Brasil
O desempenho negativo foi observado tanto nos bens duráveis quanto nos não duráveis, sinalizando cautela por parte dos consumidores. Agência Brasil
Contexto macroeconômico
A desaceleração no consumo é parcialmente atribuída à política monetária restritiva, com juros elevados que limitam crédito e encarecem o custo de financiamento para famílias.
Além disso, há sinais de que a massa salarial real está crescendo menos, o que pode contribuir para a fragilidade do consumo de bens por parte das famílias. Serviços e Informações do Brasil+1
A FGV estima o valor monetário do PIB acumulado até o terceiro trimestre em cerca de R$ 9,37 trilhões, segundo dados dessazonalizados. Agência Brasil
Implicações para os próximos meses
Se a tendência de crescimento fraco persistir, pode haver impacto negativo sobre investimentos futuros, já que empresas tendem a postergar decisões de capital em cenários menos dinâmicos.
Do lado do governo, a moderação da atividade pode reforçar argumentos para políticas mais estimulativas, se houver espaço fiscal ou mudança de estratégia.
Por outro lado, o fato de ainda haver crescimento positivo em base anual dá alguma margem de otimismo para manter a recuperação, desde que o ambiente de juros e crédito se estabilize.
Conclusão / Fechamento:
O resultado de apenas 0,1% de crescimento no trimestre revela uma economia que patina, mas não estagna completamente — quando olhamos para o período mais longo (12 meses), o Brasil ainda avança. A desaceleração no consumo é um grande ponto de atenção, e o futuro dependerá fortemente das decisões de política econômica e monetária nos próximos trimestres.